Venta muito e as cortinas azuis dançam sem parar. Não fecho as janelas porque está quente e a vista do rio é encantadora. Não posso pedir ao vento que pare, ele não me ouviria. Ou ouviria? Ou eu precisaria acreditar que ele me ouviria? Enfim, faz calor. Nem quero que pare no fim das contas.
Eu vejo a forte correnteza. Não tenho vida de marujo, nem de ribeirinho, mas me parece que o rio corre para o lado errado. Como me parece, às vezes, que a vida faz também. E a gente, peixinho, como faz para viver sem brigar com a água quando sente que ela te leva para o lado errado?
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