que venho visitar em um outro tempo
por ter acreditado que a aventura da guerra era o seu caminho
por ter amado e morrido com seu amor
por todos seus partos e abortos
pela concretude do que um dia foi o seu rosto
dissecado, como se pudesse contar o porquê
estudado, mumificado, disputado, exposto
finalmente sepultado?
pelo que sua memória inspira
ainda que quase sempre coadjuvante
mas o que fazer, ela não estava sozinha
não quis estar... e será que precisava?
Maria Déia, rebatizada Maria Bonita
Nessa foto que imortaliza um instante
E suas pretensões
Doçura, ordem (!), paixão, companhia
O que terá Maria Bonita feito por Lampião e pelo cangaço? E por si mesma?
O que farão, ela e sua terra, por mim? E eu, por elas?
2 comentários:
Bonito poema, Dani, poeta!
Saudades de vocês, do mar e da alegria de Maceió. Não vamos brigar com a vida, né querida. Vamos deixar ela nos levar....
Beijos
Janu
Sim, querida.
Eu tenho a péssima fama de briguenta (rs), mas com a vida não quero brigar não.
Saudades de vocês também. Que vocês acostumem com a estrada e voltem sempre que puderem.
Beijo!
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