quinta-feira, 17 de julho de 2008

Identidade III

Segue em doses homeopáticas, porque... sim.


Na blogosfera, orkuts e myspaces da vida dá para tentar manipular alguma coisa... arriscar, inventar, mentir com alguma facilidade. Aliás, ontem vi na Folha uma tirinha ótima:










Mas eu estava pensando, e preocupada simplesmente com os efeitos que temos, "pessoalmente", nas pessoas com quem interagimos. Até que ponto somos reféns das leituras da nossa presença, e das diversas categorias que a classificam?

Ou, até que ponto é possível (ou desejável) prever os efeitos possíveis de uma "imagem" pessoal e "transformar" o corpo (numa concepção amplificada, em que caiba também a hexis corporal) de forma a afetar (ou manipular para os mais maquiavélicos, ou seja, conscientemente e da forma que "desejamos") a mensagem que transmitimos através dele?

E que viagem é essa de corpo e imagem? Isso tudo não sou "eu" mesma?

Enfim, devaneios pseudo-filosóficos, ultra-amadores. Espasmos de ter sido colocada involuntariamente numa posição de alteridade. Não prometo que chego onde eu pretendia no primeiro post da saga, embora eu tenha umas coisas ainda entaladas na garganta, mas vamos ver ainda onde isso vai dar... rs...

Um comentário:

Dani Araújo disse...

Amei!
Coisa doida isso, o quanto nossa cultura investe na disparatada fantasia que é possível moldar identidades (ou aparências de)para manipular desejos alheios...Como se desejos fossem coisas passíveis de manipulação tão precisa e estratégica... Doce ilusão de coquetismo, essa, quando geralmente é o contrário que acontece: os desejos alheios nos vestem carapuças que nos servem, tantas vezes à nossa revelia...