Lamentável a performance brasileira nas olimpíadas. Não sou nacionalista, muito menos esportista. Estou envergonhada, na verdade, com a comoção nacional quase desesperada por uma ou outra mirrada medalha. O que faz dos vencedores mais heróis ainda, do que poderiam (ou deveriam) ser.
Não sei se é só falta de políticas consistentes de apoio ao esporte (como vale para educação, saúde etc), se tem a ver com nossa tendência "macunaíma" ou se, sei lá, não sabemos controlar a pressão e a emoção tão bem quando os nossos anfitriões e seus vizinhos, ou nossos ancestrais europeus, ou os X-Men americanos... Ou, ainda, se estamos na vanguarda de um mundo menos competitivo ou se sacamos que a busca pelo super-humano é uma barca furada... enfim...
Fato é que estou hoje extasiada por rever, cada vez com uma nova trilha sonora mais emocionante, os vinte segundos que deram ao filho do Cielo (todo mundo esquece do pai do cara) a primeira :S medalha de ouro brasileira.
Do fundo da piscina, sou convidada a observar o rosto do rapaz que traz o céu no nome enquanto ele atravessa como um pássaro a piscina olímpica. A feição transparece uma força que parece quase sobrehumana e o corpo-peixe, visto de baixo, faz da água quase nada. É a luta contra ela, afinal de contas. Eu, signo de fogo, admiro. Jamais vou compreender a água assim. Nem sequer pensaria nisso, não fossem Cielo, brasileiro, e as câmeras do fundo da piscina.
sábado, 16 de agosto de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário