quarta-feira, 31 de outubro de 2007

A terra vista do céu


E de repente me vi dormindo a trinta e tantos mil pés.
Acordo assustada... que coisa esquisita que é dormir no céu, em movimento. Melhor nem pensar demais.
Mas, quase no final da viagem, uma imagem mágica: abro os olhos, olho pela janela e vejo, lá embaixo, ainda com as luzes do começo da madrugada, o desenho da minha universidade.
Tão único, tão repleto de significados, de propostas, de sonhos. A arquitetura concretizando projetos de conhecimentos, interações, circulações. E suas viagens.
De lá de cima eu via aquele espaço, que percorri por tantos anos, em tantas direções. Tão distante, mas tão próximo, e significativo para mim.

Eu, que mal me recuperava das emoções da despedida, sempre difícil e sofrida... me reencontrava, do céu, com este lugar, meu lugar, mas do qual tenho me aproximado e distanciado, em vários sentidos. Olhar para ele, assim, do céu, foi diferente, não só pela perspectiva, como pelo meu olhar mesmo, que já é outro. Assim como chegar aqui, onde foi a minha casa.

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